Quem são os 144 mil mencionados em Apocalipse 7 e 14?
“E
ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil
selados, de todas as tribos dos filhos de Israel.” Apocalipse 7:4
“E
olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele
cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o
nome de seu Pai.” Apocalipse 14:1
I
– INTRODUÇÃO
O
livro de Apocalipse é altamente simbólico. Todavia, a simbologia é
descortinada, em parte, no próprio livro ou através dos demais
contidos na Bíblia. Por esse fato, muitos falsos religiosos
tentaram explorar a mensagem da narrativa para seus próprios fins
teológicos.
Os
capítulos 7 e 14 de Apocalipse mencionam um grupo composto de
144.000 homens, servos de Deus, que são interpretados de diversas
maneiras por estudiosos.
Alguns
acham que esses dois grupos são realmente as mesmas pessoas –
apenas de diferentes ângulos.
As
“Testemunhas de Jeová”, que utilizam as publicações da Torre
de Vigia, usam um conceito literal, não levando em conta a
simbologia, nem atentando para o conteúdo descrito na Palavra. E
assim, eles literalizam o número 144.000 nesses dois contextos e
argumentam que somente 144.000 pessoas ganharão o céu.
Uma
publicação da Torre de Vigia afirma que “o número final da
igreja celestial será 144.000, de acordo com o decreto de Deus” (
Deixe Deus ser verdadeiro , p. 113). O equilíbrio da humanidade
salva viverá na terra glorificada de Deus.
Vamos
analisar com base na lógica e no contido nas próprias escrituras,
em tese quem poderiam ser os 144.000.
II - Apocalipse 7
Existem
algumas pequenas diferenças de opinião entre os estudiosos da
Bíblia respeitáveis quanto à identidade dos 144.000 em Apocalipse
7.
John
T. Hinds argumentou que o número se referia àqueles que foram
salvos da nação física de Israel.
Outros,
como JW Roberts, sentiram que esta é representada pela Israel
espiritual, isto é, a igreja.
Alguns
pensam que este grupo representa os mártires que deram suas vidas
pela causa de Cristo.
Seja
como for, geralmente é reconhecido que:
“O
número é obviamente simbólico. 12 (o número das tribos) é ao
mesmo tempo quadrado e multiplicado por 1.000 – uma maneira dupla
de enfatizar a completude” (Mounce, 168).
Devemos
enfatizar os dois pontos seguintes:
Primeiro,
simplesmente não é possível tomar uma seção simbólica de
escrituras e interpretá-la de forma a fazê-la contrariar outras
partes claras e literais da Bíblia.
Em
segundo lugar, qualquer doutrina que implique logicamente um absurdo
é falsa e deve ser rejeitada. A teoria da Torre de Vigia em relação
aos 144 mil viola ambos os princípios.
III - Se 144.000 são literais?
Se
alguém argumentar que os 144.000 representam um número literal, ele
também deve argumentar que o grupo do qual esse número é composto
também é literal, isto é, israelitas literais.
Isso
significaria, de acordo com o esquema de interpretação da Torre de
Vigia, que ninguém estaria no céu, a menos que fossem das tribos
reais listadas.
Isso
também excluiria Abraão, Isaque e Jacó – que nunca foram das
tribos de Israel. E, no entanto, isso entra em conflito com a
afirmação de Jesus de que Abraão, Isaque e Jacó estarão no reino
dos céus (Mt 8:11).
1) Existem alguns gentios nos 144 mil?
Se
apenas 144.000 israelitas literais entrarão no céu, nenhum gentio
tem a esperança do reino dos céus. No entanto, o Senhor aludiu
claramente aos gentios quando afirmou que:
Mas
eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e
assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos
céus; Mateus 8:11
2)As tribos de Efraim ou Dã estão incluídas nas 144 mil?
Se
as tribos de Apocalipse 7 forem consideradas literalmente , nenhuma
pessoa de Efraim ou Dã entrará no céu, pois elas são excluídas
da lista.
Isso
significaria que os heróis do Antigo Testamento como Josué (de
Efraim) ou Sansão (de Dã) não estarão no céu.
3) E a “grande multidão” e os 144.000?
Os
Testemunhas de Jeová excluem a “grande multidão, que nenhum homem
poderia numerar” (7:9) do céu. Este grupo, eles alegam, representa
a “classe terrena”.
Não
é assim. Esta multidão foi descrita como “diante do trono”
(7:9), que está no céu (1:4; 4:2-10).
Além
disso, esses santos “antes do trono” estavam servindo a Deus em
“seu templo” (7:15). Em outros lugares, João comenta que “o
templo de Deus … está no céu” (11:19).
E
os 144.000 mencionados em Apocalipse 14?
IV - Apocalipse 14?
Os
144.000 são mencionados novamente em Apocalipse 14. Mais uma vez, no
entanto, o número está agrupado com vários outros símbolos
proeminentes.
Primeiro,
há o “Cordeiro”, uma figura que representa Cristo (ver Ap. 5:6).
Segundo,
há o monte Sião, um símbolo do governo divino (ver Isaías 2:2-4).
Terceiro,
há o número 144.000, que sugere o complemento celestial do povo de
Deus – ninguém sabe ao certo quem deveria estar lá.
Em
quarto lugar, os santos são retratados como “virgens”, o que
enfatiza sua pureza (cf. 2 Coríntios 11:2; a parábola da 10 virgens
em Mateus 25).
Novamente,
porém, deve-se ressaltar que, se alguém defende um 144.000
literalmente, deve argumentar também que um Cordeiro literal estava
literalmente parado no Monte Sião com um grupo de homens e mulheres
virgens literais!
Essas
conclusões são totalmente absurdas e, portanto, sem qualquer
mérito.
V
- A RELAÇÃO DAS TRIBOS
Baseados
em GÊNESIS 49:1-28, e nos relatos de Gênesis, façamos um
esboço das características de cada tribo citada.
1) Rúben
Rúben
foi o primeiro filho de Jacó,
que ele teve com Lia. Apesar de ser o filho mais velho, Rúben não
recebeu o direito de filho mais velho de ser o próximo chefe da
família e de receber uma herança maior. Ele perdeu esse direito por
causa de seu pecado. Rúben teve relações com uma das concubinas de
Jacó, desonrando seu pai (Gênesis
49:3-4).
Nos
40 anos no deserto, alguns homens da tribo de Rúben se rebelaram
contra Moisés e Arão e foram punidos por Deus. Mais tarde, a tribo
de Rúben decidiu ficar do lado leste do rio Jordão, mas ajudou os
outros israelitas a conquistarem o resto de Israel debaixo de Josué.
“Rúben,
tu és meu primogênito, minha força e o princípio de meu vigor, o
mais excelente em alteza e o mais excelente em poder.
Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama.”
Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama.”
2) Simeão
Simeão
foi o segundo filho de Lia. Junto com Levi, ele matou todos os homens
da cidade onde sua irmã tinha sido estuprada. A tribo de Simeão não
teve grandes homens notáveis.
3) Levi
Outro
filho de Lia, Levi era um homem violento. No entanto, a tribo de Levi
foi escolhida por Deus para ser uma tribo consagrada a servir a
Deus. Somente
a tribo de Levi poderia trabalhar no cuidado do templo (Números
3:6-8).
Moisés,
Arão e Miriam eram da tribo de Levi. Os descendentes de Arão se
tornaram os sacerdotes de Israel. Por causa de sua consagração a
Deus, a tribo de Levi não recebeu terra própria, ficando espalhada
pelo país.
Bênção
de Jacó para Simeão e Levi(Gênesis
49:5-7
)
“Simeão
e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de
violência.
No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua teima arrebataram bois.
Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel.”
4) Judá
No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua teima arrebataram bois.
Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel.”
4) Judá
Judá
era o quarto filho de Lia. Foi ele que teve a ideia de vender José
como escravo e, em outra ocasião, ele foi enganado e dormiu com sua
nora.
Judá
se tornou a maior tribo de Israel e, mais tarde, um reino separado. O
rei Davi e seus descendentes eram da tribo de Judá e Deus prometeu
que o Salvador viria dessa tribo (Gênesis
49:10). Como
descendente de Davi, Jesus era da tribo de Judá.
“Judá,
a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço
de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão.
Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?
O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas.
Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite.”
Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?
O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas.
Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite.”
Observação:
Siló
provavelmente significa aquele a quem pertence (cf. Ez 21.27) e, em
sentido pleno, refere-se ao Messias vindouro, Jesus Cristo, que veio
através da tribo de Judá (Ap 5.5). Jacó profetizou
que
todos os povos lhe seriam sujeitos (v. 10; Ap 19.15), e que Ele
traria grandes bênçãos espirituais (vv. 11,12) – Bíblia de
Estudo Pentecostal
5) Dã
Dã
foi primeiro filho de Jacó com sua concubina Bila. A tribo de Dã
era pequena e ficou conhecida por sua violência e idolatria.
Bênção
de Jacó (Gênesis
49:16-18
)
“Dã
julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel.
Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás.
A tua salvação espero, ó Senhor!”
Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás.
A tua salvação espero, ó Senhor!”
6)
Naftali
Naftali
foi o segundo filho de Bila. Baraque, o líder militar no tempo da
juíza Débora, provavelmente veio de Naftali.
Bênção
de Jacó (Gênesis 49.21)
“Naftali
é uma gazela solta; ele dá palavras formosas. “
7) Gade
Gade
foi o filho da outra concubina de Jacó, chamada Zilpa. A tribo de
Gade também se instalou a leste do rio Jordão, junto com a tribo de
Rúben. Alguns guerreiros valentes de Gade se aliaram a Davi quando
ele ainda andava foragido, antes de ser rei.
Bênção
de Jacó (Gênesis 49.19)
“Quanto
a Gade, uma tropa o acometerá; mas ele a acometerá por fim.”
8)
Aser
Aser
foi o segundo filho de Zilpa. A tribo de Aser recebeu uma porção da
terra de Israel mas não conseguiu expulsar vários dos outros povos
que moravam em seu território.
Bênção
de Jacó (Gênesis 20)
“De
Aser, o seu pão será gordo, e ele dará delícias reais.”
9) Issacar
Issacar
foi o quinto filho de Lia, que ela teve depois de um tempo sem
conseguir ter filhos. A tribo de Issacar produziu um juiz de Israel,
chamado Tolá,
que liderou o país durante 23 anos.
Depois
que Israel ficou dividido em dois países (Israel e Judá), um homem
de Issacar, chamado Baasa conspirou contra o rei de Israel e o matou
(1
Reis 15:27-28).
Baasa se tornou rei mas não obedeceu a Deus. Seu filho e sucessor
durou pouco tempo como rei e também foi assassinado.
“Issacar
é jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos.
E viu ele que o descanso era bom, e que a terra era deliciosa e abaixou seu ombro para acarretar, e serviu debaixo de tributo.”
E viu ele que o descanso era bom, e que a terra era deliciosa e abaixou seu ombro para acarretar, e serviu debaixo de tributo.”
10) Zebulom
Zebulom
foi o último filho homem de Lia. Depois que teve Zebulom, Lia teve
uma filha chamada Diná e parou de ter filhos. Elom, que liderou
Israel durante dez anos, veio da tribo de Zebulom.
Bênção
de Jacó (Gênesis 49.13)
“Zebulom
habitará no porto dos mares, e será como porto dos navios, e o seu
termo será para Sidom.”
11) José
Primeiro
filho de sua mãe Raquel, José
era o favorito de seu pai,
porque tinha nascido quando Jacó já era idoso. Por causa disso,
seus irmãos o odiavam e um dia o venderam como escravo. José passou
vários anos como escravo no Egito mas depois foi usado por Deus para
salvar todo o povo da fome!
José
ficou muito poderoso e se tornou o chefe de sua família, depois que
Jacó morreu. Jacó adotou os dois filhos de José, concedendo-lhes
direito igual na herança com os irmãos de José (Gênesis
48:5).
Assim, José
deu origem a duas tribos,
com o nome de seus filhos: Manassés e Efraim.
Vários líderes vieram dessas duas tribos, como Josué, Gideão e
Samuel.
“José
é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ramos
correm sobre o muro.
Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e odiaram.
O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacó (de onde é o pastor e a pedra de Israel).
Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo, com bênçãos dos seios e da madre.
As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos.”
Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e odiaram.
O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacó (de onde é o pastor e a pedra de Israel).
Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo, com bênçãos dos seios e da madre.
As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos.”
12) Benjamim
Benjamim
foi o último filho de Jacó. Sua
mãe Raquel morreu no parto e ele se tornou o protegido de seu pai e
seus irmãos (Gênesis
35:16-18).
Seu encontro com José no Egito foi muito emocional, porque era seu
único irmão inteiro.
A
tribo de Benjamim teve uma história conturbada. Na época quando não
havia rei, os homens de uma cidade de Benjamim estupraram e mataram a
concubina de um levita. Por causa disso, o resto de Israel se juntou
contra eles e quase exterminaram a tribo de Benjamim.
Um
homem de Benjamim foi escolhido para ser o primeiro rei de Israel
– Saul.
Mas Saul foi um mau rei e ele e sua família foram mortos. Mais
tarde, a tribo de Benjamim ficou unida a Judá quando o resto de
Israel se separou para formar um reino independente. Outras pessoas
famosas de Benjamim foram Mardoqueu, Ester e o apóstolo Paulo.
Bênção
de Jacó (Gênesis 49.27)
“Benjamim
é lobo que despedaça; pela manhã comerá a presa, e à tarde
repartirá o despojo.”
VI
- Por que Dã e Efraim não são contados no Apocalipse?
Assim
quando Israel deixou o Egito e Deus lhes deu o Tabernáculo no
deserto, encontramos a tribo de Leví ministrando as doze tribos de
Ruben, Simeão, Issacar, Judá, Zebulon, Benjamin, Dã, Naftali,
Gade, Aser, Efraim e Manassés. A ordem dos nomes dos exércitos é
esta em Números
10: 11- 28.
Não há menção de José e Leví. Mas quando olhamos em Apocalipse
7:4-8, onde diz “e eram cento
e quarenta mil assinalados,
de todas as tribos dos filhos de Israel”, e nomeia-os assim: Judá,
Ruben, Gade, Aser, Naftali, Manassés, Simeão, Leví, Issacar,
Zebulon, José, Benjamin. Estamos de volta às doze tribos com Leví
e José nomeados entre elas, mas com Dã e Efraim faltando.
Agora
levanta-se a pergunta, por
que são omitidas estas duas tribos? Uma
possível resposta
está em Deuteronômio
29:16-20,
“Porque vós sabeis como habitamos na terra do Egito, e como
passamos pelo meio das nações, pelas quais passastes; e vistes as
suas abominações e os seus ídolos, o pau e a pedra, a prata e o
ouro que havia entre eles. Para que entre vós não haja homem, nem
mulher, nem família, nem tribo,
cujo coração hoje se desvie do Senhor nosso Deus, e vá servir aos
deuses destas nações; para que entre vós não haja raiz que dê
fel e absinto, e aconteça que ouvindo as palavras desta maldição,
se abençoe no seu coração dizendo: Terei paz, ainda que ande
conforme ao bom parecer do meu coração, para acrescentar a sede à
bebedice; o Senhor não lhe quererá perdoar, mas então fumegará a
ira do Senhor e do seu zelo sobre o tal homem toda a maldição
escrita neste livro jazerá sobre ele, e o Senhor apagará o seu nome
de debaixo do céu”.
As tribos de Efraim e Dã foram excluídas por causa da idolatria
Aqui
se encontra pronunciada a maldição contra a idolatria,
ou fornicação espiritual. A tribo que se voltava à idolatria seu
nome era tirado. E a história das duas tribos cujos nomes foram
tirados por causa da idolatria, se encontra em I
Reis 12:25-30:
“E Jeroboão edificou a Siquem, no monte de Efraim,
e habitou alí; e saiu dali, e edificou a Penuel. E disse Jeroboão
no seu coração: Agora tornará o reino à casa de Davi. Se este
povo subir para fazer sacrifícios na casa do Senhor, em Jerusalém,
o coração deste povo se tornará a seu senhor, a Reoboão, rei de
Judá; e me matarão, e tornarão a Reoboão, rei de Judá. Pelo que
o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro; e lhes disse:
“Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus
deuses, ó Israel,
que te fizeram subir da terra do Egito.”
E
pôs um em Betel, e colocou outro em Dã.
E este feito se tornou em pecado;
pois que o povo ia até Dã cada
um a adorar”.
Oséias
4: 17:
“Efraim está
entregue aos ídolos; deixa-o”.
Uma observação interessante em Deteuronômio 29.20 é mencionar que o nome da tribo seria apagado “debaixo do céu”, o que dá oportunidade para as misericórdias de Deus alcançar qualquer membro das tribos, que poderão ir para o céu.
Uma observação interessante em Deteuronômio 29.20 é mencionar que o nome da tribo seria apagado “debaixo do céu”, o que dá oportunidade para as misericórdias de Deus alcançar qualquer membro das tribos, que poderão ir para o céu.
VII
– CONCLUSÃO
Quem
são os 144.000?
Para
entendermos quem são os 144 mil, precisamos primeiro levar em conta
o seguinte:
1)
Por excelência, o Livro de Apocalipse tem muita simbologia;
2)
Ao analisar o capítulo 7, menciona-se que os
144.000 vão
se originar das 12 tribos de Israel. Todavia, a literalidade
dessa
afirmação encontra os seguintes óbices:
a)
Não há, na atualidade, como afirmar a existência de descendentes
puros das tribos, já que houve ao longo do destes milênios claras
misturas, vemos
isso em parte com os benjamitas em Juízes 21.23;
b)
O fato de não se listar a tribo de Dã, e mencionar Manassés e sem
mencionar Efraim, nos revela um sentido espiritual para esclarecermos
quem são os 144 mil;
c)
Em Apocalipse 14 não são mais mencionadas as tribos.
Pode-se
concluir que os 144 mil se referem provavelmente
a
todo o corpo dos redimidos. Vejamos:
1)
Quanto Apocalipse 7:
São
mencionados que os 144.000 vem das tribos de Israel.
Logicamente,
que as promessas feitas a Abraão e os patriarcas, elas se cumprem em
Jesus, bem como toda a Lei. Assim, a Nova Aliança requer de qualquer
pessoa a confissão de fé em Jesus, incluindo Israel, que com os
gentios congregam a noiva do Cordeiro.
a)
A possibilidade da generalização, em vocabulário profético, do
termo “Israel”:
Gálatas
6:16
“E,
a todos que andarem de conformidade com esta regra, paz e
misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus”.
b)
Em apocalipse 14.1 “...traziam na fronte escrito o nome dele e o
nome de seu Pai,” concordando
com Ap 3.12.
c)
Apocalipse 14.3 “...aqueles que foram comprados da terra”. Este
grupo representa um corpo de pessoas que foram “compradas” entre
homens. O único preço de compra finalmente disponível para a
salvação humana é a do sangue de Jesus Cristo. Seu
sangue foi eficaz para os obedientes que viveram antes da cruz
(Gálatas 4: 5; Hebreus 9: 15-17) e para aqueles que se submeteram à
vontade de Deus desde aquele evento histórico (1 Pe. 1: 18,19 ; Atos
20:28).
d)
Apocalipse 14.4 “Estes são os que não se contaminaram com
mulheres, porque são virgens”.
O
termo virgem faz referência a igreja, como irrepreensível,
imaculada. Ap
14.5 cita o fato de não se achar engano; “porque são
irrepreensíveis”. A
igreja deve ser irrepreensível (Filipenses 2.15) e é comparada
como uma virgem, na
parábola das 10 virgens (Mateus
25:1-13).
A
referência a mulheres, profeticamente, está ligado à igreja (entre
outros, Efésios
5).
“que
não se contaminaram”, faz referência a doutrinas falsas, à
apostasia.
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