TEXTO
BÍBLICO
1
Coríntios 12
1
– Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes.
4
– Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
5
– E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6
– E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera
tudo em todos.
7
– Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que
for útil.
11
- Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer,
1
Coríntios 13
31 Portanto,
procurai com zelo os melhores dons;
1
Coríntios 14
26
Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação.
Efésios
4
12
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério,
para edificação do corpo de Cristo;
13
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do
Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de
Cristo,
14
Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por
todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia
enganam fraudulosamente".
Efésios
5.18
Efésios
6
1
0 - No demais , fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
DIVERSIDADES
DOS DONS
|
|||
Rm
12:6-8
|
1
Co 12:8-10
|
1
Co 12,28-30
|
Ef
4.11
|
PROFECIA
|
SABEDORIA
|
APÓSTOLOS
|
APÓSTOLOS
|
MINISTÉRIO
|
CONHECIMENTO
|
PROFETAS
|
PROFETAS
|
ENSINO
|
FÉ
|
MESTRES
|
EVANGELISTAS
|
EXORTAÇÃO
|
CURA
|
MILAGRES
|
PASTOR
|
CONTRIBUIÇÃO
|
MILAGRES
|
CURAS
|
MESTRE
|
PRESIDIR
|
PROFECIA
|
SOCORROS
|
|
MISERICÓRDIA
|
DISCERNIMENTO
|
GOVERNOS
|
|
VAR.
DE LÍNGUAS
|
LÍNGUAS
|
||
INTERP.
DE LÍNGUAS
|
I
-INTRODUÇÃO
Entre
aqueles que receberam o batismo com o Espírito Santo no mesmo dia do
Sr. Edward Lee, encontrava-se Jennie Moore, que algum tempo depois
casaria com Seymour. A Sra. Moore foi a primeira mulher a receber o
batismo com o Espírito Santo na cidade de Los Angeles, na casa dos
irmãos Richard e Ruth Asbery, na rua Bonnie Brae, 214. Na ocasião,
começou a cantar noutras línguas e a tocar piano sob o poder de
Deus. Todos ficaram maravilhados (At 2.7), pois sabiam que ela nunca
havia estudado música. Segundo uma testemunha ocular, Emma Cotton,
aquele grupo orou durante três dias e três noites e as pessoas que
conseguiam entrar na casa dos Asbery, caíam sob o poder de Deus,
enquanto outras eram curadas e salvas por Jesus Cristo. O local ficou
repleto de pessoas a ponto do soalho ceder, mas ninguém ficou
ferido. Durante aqueles três dias, toda a cidade afluiu para
observar o poder de Deus manifestado entre os seus filhos.
Concernente
os dons espirituais, dois princípios devem ficar patentes. Primeiro,
quando uma pessoa recebe do Senhor os dons do Espírito, não
significa que ela é mais perfeita ou que é mais merecedora das
bênçãos divinas do que outras. Segundo, assim como o crente não é
salvo pelas obras, mas pela graça divina (Ef 2.8; Tt 3.5), os dons
do Espírito são concedidos pela graça de Deus para que ninguém se
engrandeça (Rm 12.6).
II
– A ATUALIDADE DOS DONS ESPIRUTUAIS
Uma
corrente da teoria cessacionista afirma que os dons do Espírito são
habilidades naturais, santificadas e aperfeiçoadas por Deus após a
conversão do indivíduo. Uma outra acredita que os dons espirituais
não são para os tempos hodiernos, mas estiveram restritos ao
período apostólico. No entanto, ao lermos as Sagradas Escrituras,
não encontramos qualquer evidência de que os dons do Espírito
tenham cessado com a morte dos apóstolos e muito menos de que se
trata de talentos humanos santificados. O argumento antipentecostal é
fundamentado na hermenêutica naturalista, que nega qualquer elemento
sobrenatural nas Escrituras. Portanto, a dedução dos cessacionistas
não é possível e nem necessária como método de interpretação
do Novo Testamento.
Outros
citam 1 Coríntios 13:
8 O
amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo
línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Estes versículos os levam a concluir que os dons só existiram na época apostólica, por conta dos termos “aniquiladas”, “cessarão”, “desaparecerá” e de afirmarem que o que é perfeito já veio: A Bíblia.
Quanto
a isto, é fácil de verificar o engano, tendo em vista 1
Co 13:12
"Porque
agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face;
agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou
conhecido."
É tão
claro que Paulo se refere quando estivermos no céu. Pois não haverá
necessidade de profecias, de línguas, enfim de dons, o “veremos
face a face”.
A
atualidade dos dons espirituais é confirmada pela Escritura e
experiência cristã. No primeiro caso, podemos citar os propósitos
dos dons, especificamente, o de fortalecer a Igreja (1 Co 14.3,4,26).
Se os dons cessaram após a morte dos apóstolos, por que Paulo
escreveria à igreja de Corinto para que buscassem ardentemente os
dons e zelassem por ele, sabendo que os dons não durariam mais do
que 50 anos? Não há qualquer analogia plausível para sustentar tal
absurdo. A experiência pentecostal de incontáveis cristãos, em
todas as épocas e lugares, é evidência complementar da atualidade
dos dons conforme a verdade bíblica.
III.
GENERALIDADES SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS
Os
dons espirituais são uma dotação sobrenatural concedida pelo
Espírito Santo ao crente, para o serviço e execução dos
propósitos de Deus na igreja e através dela. Os dons espirituais,
portanto, não são qualidades humanas aprimoradas e abençoadas por
Deus.
1.
Principais passagens. São sete as principais passagens que tratam
sobre os dons espirituais: 1 Co 12.1-11,28-31; 13; 14; Rm 12.6-8; Ef
4.7-16; Hb 2.4; 1 Pe 4.10,11. Além destas, há muitos outros textos
da Bíblia sobre o assunto.
2.
Termos bíblicos designadores dos dons. Abordaremos apenas os
principais:
a)
Dons espirituais (pneumatikos). O termo refere-se às manifestações
sobrenaturais da parte do Espírito Santo por meio dos dons (v.7;
14.1).
b)
Dons da graça (charismata). Falam da graça subseqüente de Deus em
todos os tempos e aspectos da salvação (1 Co 12.4; Rm 12.6).
c)
Ministérios (diakoniai). Correspondem aos dons de serviços ou
ministérios práticos. São ministrações sobrenaturais do Espírito
através dos membros da igreja como um corpo (1 Co 12.5,12-27).
d)
Operações (energēmata). Esses dons são operações diretas do
poder de Deus para a realização de seus propósitos (vv.9,10).
e)
Manifestação (phanerōsis). Embora sejam sobrenaturais, o sentido
do termo original aqui, sugere que os dons operam na esfera do
natural, do sensível, do visível.
3.
Classificação dos dons espirituais. Os dons espirituais podem ser
classificados como:
a)
Manifestações do Espírito. Conforme 1 Coríntios 12.8-10, são
nove dons pelo Espírito Santo. Esses dons são capacitações
sobrenaturais de pessoas para a edificação do corpo de Cristo e
para seus membros individualmente (vv.3-5,12,17,26; 12; 14).
Manifestam-se de modo eventual e imprevisto, não estando
subordinados à vontade do portador, mas à soberania de Deus.
b)
Dons de ministério prático. São dons de serviços práticos
individuais ou em grupo (Rm 12.6-8; 1 Co 12.28-30). Nestas passagens
eles aparecem com os demais dons espirituais e, sob o mesmo título
original, “charismata” (dons da graça).
4.
Alvo e resultado dos dons (1 Co 12.7b). São propósitos dos dons
espirituais:
a)
A glorificação do Senhor Jesus (Jo 16.14).
b)
A confirmação da Palavra de Deus (Mc 16.17-20; Hb 2.3,4).
c)
O crescimento em quantidade e qualidade da obra de Deus (At 6.7;
19.20; 9.31; Rm 15.19).
d)
A edificação espiritual da Igreja (1 Co 12.12-27).
e)
O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12).
5.
O exercício dos dons espirituais (1 Co 14.26,32,33,40). Toda energia
e poder sem controle são desastrosos. Deus nos concede dons, mas não
é responsável pelo mau uso deles; por desobediência do portador à
doutrina bíblica ou por ignorância desta. Portanto, os que recebem
os dons devem: a) procurar saber o que a Palavra ensina sobre o
exercício daquele dom em particular; b) exercer o dom segundo a
Escritura; c) evitar desordens e confusões no uso dos dons.
IV.
EXPLANAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS DONS
1.
Dons espirituais de manifestação do Espírito. Estão
classificados em:
a)
Dons que manifestam o SABER de Deus:
♦ A
palavra da sabedoria (1 Co 12.8).
É um dom de manifestação da sabedoria sobrenatural pelo Espírito
Santo, necessário ao pastoreio, na administração e liderança.
BEP:
Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação
sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da
Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou
problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da
sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo
diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e
pela oração (Tg 1.5,6).
♦ A
palavra da ciência (1 Co 12.8).
É um dom de manifestação de conhecimento sobrenatural pelo
Espírito Santo; de fatos, causas, ensinamentos, etc.
BEP:
Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo,
revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou
de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito
relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).
♦ Discernir
os espíritos (1 Co 12.10).
É um dom de conhecimento e revelação sobrenaturais pelo Espírito
Santo para não sermos enganados por Satanás e pelos homens.
BEP:
Trata-se
de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom
discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma
mensagem provém do Espírito Santo ou não (ver 14.29 nota; 1Jo
4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres e a distorção do
cristianismo bíblico aumentarão muito, esse dom espiritual será
extremamente importante para a igreja.
b)
Dons que manifestam o PODER de Deus.
♦ Fé
(1 Co 12.9).
É um dom de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito
Santo, a fim de que a igreja supere os obstáculos, sejam quais
forem.
BEP:
Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural
especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a
crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e
milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que freqüentemente
opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como
as curas e os milagres (ver Mt 17.20, nota sobre a fé verdadeira; Mc
11.22-24; Lc 17.6).
♦ Dons
de curar (1 Co 12.9). Literalmente,
“dons de curas”. São dons de manifestação de poder
sobrenatural pelo Espírito Santo para a cura das doenças do corpo,
da alma e do espírito, dos crentes quanto dos incrédulos.
BEP:
Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde
física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At
3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes
enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de
Deus.
Os
dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de
Cristo (cf. 12.11,30),
todavia,
todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão
curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de
Tg 5.14-16.
♦ Operação
de maravilhas (1 Co 12.10).
São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder
de Deus, para despertar e convencer os incrédulos.
BEP:
Trata-se
de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza.
Incluem atos divinos
em
que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos
malignos .
c)
Dons que manifestam a MENSAGEM de Deus.
♦ Profecia
(1 Co 12.10). É
um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo
Espírito, para a edificação, exortação e consolação do povo de
Deus (1 Co 14.3).
BEP:
É
preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação
momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja,
mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é
concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como
ministros profetas . Como manifestação do Espírito, a profecia
está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At
2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito,
observe o seguinte: (a) Trata-se de um dom que capacita o crente a
transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o
impulso do Espírito Santo (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da
entrega de sermão previamente preparado. (b) Tanto no AT, como no
NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar
a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à
fidelidade e à paciência (14.3). (c) A mensagem profética pode
desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou
prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento
(14.3, 25,26, 31). (d) A igreja não deve ter como infalível toda
profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja
(1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua
autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá
enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a
santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de
fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3). (e) O dom de profecia
manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no
NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação
ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria
na igreja só mente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).
♦ Variedade
de línguas (1 Co 12.10).
É um dom de expressão plural. É um milagre lingüístico
sobrenatural. Nem todos os crentes batizados com o Espírito Santo
recebem este dom (1 Co 12.30).
BEP:
No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua)
como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes
fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou
uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos”
(13.1). A língua falada através deste dom não é aprendida, e
quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como
pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutras línguas como dom abrange
o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua
comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e.,
na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças),
expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14)
e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do
Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd
20). (c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de
sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação
conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela
pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a
igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas
em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito,
nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28).
♦ Interpretação
das línguas (1 Co 12.10).
É um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo
Espírito Santo. Não se trata de “tradução de línguas”, mas
de “interpretação de línguas”. Tradução tem a ver com
palavras; interpretação com mensagem.
BEP:
Trata-se
da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste
dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em
línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode
conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma
profecia. Toda a
congregação
pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A
interpretação de uma
mensagem
em línguas pode ser um meio de edificação da congregação
inteira, pois toda ela
recebe
a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de
quem deu a mensagem em
línguas,
ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa
interpretá-las (14.13).
2.
Dons espirituais de ministérios práticos (Rm 12.6-8; 1 Co
12.28-30). São administrações de serviços práticos que, pela
sua natureza, residem no portador.
a)
Ministério (Rm 12.7). É servir capacitado sobrenaturalmente
pelo Espírito Santo. Ministração, prestar serviço material e
espiritual sem esperar reconhecimento ou remuneração.
b)
Ensinar (Rm 12.7). É o dom espiritual de ensinar, tanto na
teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer e a
entender. Não confundir com o ministério de ensino de Efésios 4.11
e Atos 13.1.
c)
Exortar (Rm 12.8). Exortar aqui, é como dom: ajudar, assistir,
encorajar, animar, consolar, unir pessoas separadas, admoestar.
d)
Repartir (Rm 12.8). O sentido é doar generosamente, oferecer;
distribuir aos necessitados sem esperar recompensa ou reconhecimento,
movido pelo Espírito. Este dom ocupa-se da benevolência,
beneficência, humanitarismo, filantropia, altruísmo.
e)
Presidir (Rm 12.8). É conduzir, dirigir, organizar, liderar,
orientar com segurança, conhecimento e discernimento espiritual.
f)
Exercitar misericórdia (Rm 12.8). Este dom refere-se à
assistência aos sofredores, necessitados, carentes; fracos,
enfermos, presos, visitação, compaixão.
g)
Socorros (1 Co 12.28). Literalmente “achegar-se para socorrer”.
É o caso de enfermos, exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc.
h)
Governos (1 Co 12.28). É um dom plural no seu exercício. É
dirigir, guiar e conduzir com segurança e destreza. O termo original
sugere pilotar uma embarcação com segurança, destreza e
responsabilidade.
3.
Dons espirituais na área do ministério. Esses dons são
enumerados em Efésios 4.11 e 1 Coríntios 12.28,29, a saber:
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.
V.
RESPONSABILIDADE QUANTO AOS DONS
1.
Conhecer os dons. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos,
que sejais ignorantes” (1 Co 12.1).
2.
Buscar os dons. “Procurai com zelo os melhores dons” (1 Co
12.31).
3.
Zelar pelos dons. “Procurai com zelo os dons espirituais” (1 Co
14.1).
4.
Ser abundante nos dons. “Procurai sobejar neles, para a edificação
da igreja” (1 Co 14.12).
5.
Ter autodisciplina nos dons. “E os espíritos dos profetas estão
sujeitos aos profetas” (1 Co 14.32).
6.
Ter decência e ordem no exercício dos dons. “Mas faça-se tudo
decentemente e com ordem” (1 Co 14.40).
VI
- CUIDADO COM IMITAÇÕES
Satanás
pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos
crentes disfarçados como servos
de
Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15;
2Ts 2.8-10).
O
crente não deve dar crédito a qualquer
manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos
são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado
no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).
VII-
CONCLUSÃO
Poder,
sinais, curas, libertação e maravilhas devem caracterizar um
genuíno avivamento pleno de renovação espiritual e pentecostal. No
entanto, deve ser livre de escândalos, engano, falsificação, mas
dentro da decência e da ordem que a Palavra de Deus preceitua (1 Co
14.26-40).
“E
não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos
do Espírito;
Falando
entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e
salmodiando ao Senhor no vosso coração;
Dando
sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor
Jesus Cristo;
Sujeitando-vos
uns aos outros no temor de Deus.”
FONTES
DE CONSULTA:
-
REVISTA EBD CPAD – LIÇÃO 5 – 3º TRI 2006
-
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL (BEP)