AS SETE IGREJAS DA ÁSIA
I
- INTRODUÇÃO
Apocalipse
1: 9,10,11,19,20
“9Eu,
João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no
reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos,
por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.
10 Eu
fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim
uma grande voz, como de trombeta,
11 Que
dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que
vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão
na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a
Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.
19 Escreve
as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão
de acontecer;
20 O
mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete
castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas,
e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.”
II - Comentário da Bíblia Pentecostal
A
mensagem de Cristo a sete igrejas locais existentes no oeste da Ásia
Menor é também para instrução, advertência e edificação dos
crentes e igrejas da presente era (cf. 2.7,11,17,19; 3.6,13,22). O
valor dessas mensagens para as igrejas de hoje vê-se nos pontos a
seguir:
1)
é uma revelação do que Jesus ama e anela ver nas igrejas locais,
mas também aquilo que Ele repele e condena;
2)
uma declaração clara da parte de Cristo, no tocante:
a) às conseqüências da desobediência e descuido espiritual, e
b)
a recompensa da vigilância espiritual e fidelidade a Cristo;
c)
um padrão pelo qual toda igreja ou indivíduo pode julgar sua
verdadeira condição espiritual diante de Deus; e
d)
um exemplo dos métodos de Satanás para atacar a igreja ou o cristão
individualmente.
Este
estudo aborda cada um desses aspectos sob a forma de perguntas e
respostas.
(1)
O que é que Cristo aprova? Cristo aprova a igreja que não
tolera o ímpio no seu meio, como parte dela (2.3); que averigua a
vida, doutrina e declarações dos líderes cristãos (2.2); que
persevera na fé, no amor, no testemunho, no serviço e no sofrimento
da causa de Cristo (2.3, 10, 13, 19, 26); que abomina aquilo que Deus
abomina (2.6); que vence o
pecado,
Satanás e o mundo (2.7, 11, 17, 26; 3.5, 12, 21); que não aceita
conformar-se com a imoralidade do mundo nem com o mundanismo na
igreja (2.24; 3.4); e que guarda a
Palavra
de Deus (3.8, 10).
(2)
Como Cristo recompensa as igrejas que perseveram e permanecem
leais a Ele e à sua
Palavra?
Ele
recompensa tais igrejas:
(a)
livrando-as do período da tribulação que virá sobre o mundo
inteiro (3.10),
(b)
concedendo-lhes seu amor, presença e estreita comunhão (3.4, 21), e
(c)
abençoando-as com a vida eterna (2.10b).
(3)
O que é que Cristo reprova?
Cristo
reprova a igreja que diminui sua profunda devoção pessoal a Deus
(2.4); que se desvia da fé bíblica; que tolera dirigentes, mestres
ou leigos imorais (2.14,15, 20); que se torna espiritualmente morta
(3.1) ou morna (3.15,16); e que substitui a verdadeira
espiritualidade, i.e., a pureza, a retidão e a sabedoria espiritual
(3.18) por sucesso e recursos materiais (3.17).
(4)
Como Cristo castiga as igrejas (cf. 3.19) que entram em declínio
espiritual e que toleram a imoralidade no seu meio?
Ele
as castiga mediante:
(a)
a não renovação do seu lugar no reino de Deus (2.5; 3.16),
(b)
a perda da presença de Deus, do poder genuíno do Espírito Santo,
da verdadeira mensagem bíblica de salvação e da proteção dos
seus membros contra a destruição por Satanás (2.5,16; 3.15-19; e
(c)
seus líderes postos sob juízo divino (2.20-23).
(5)
O que a mensagem de Cristo revela concernente à tendência
natural das igrejas à estagnação espiritual, declínio e
apostasia?
(a)
As sete cartas sugerem que a tendência das igrejas é acomodar-se no
erro, aceitar falsos ensinos e adaptar-se aos princípios
anticristãos prevalecentes no mundo.
(b)
Além disso, observa-se que freqüentemente homens e mulheres
apóstatas, vis e infiéis estragam as igrejas(2.2,14,15,20). Por
essa razão, o progresso espiritual de uma igreja nunca deve ser
evocado como prova de que ela está dentro da vontade de Deus, nem
para se afirmar que anda na verdade e na doutrina do Senhor. O
evangelho, i.e., a mensagem original de Cristo e dos apóstolos, é a
autoridade suprema para avaliar o certo ou o errado nesse campo.
(6)
Como podem as igrejas evitar a decadência espiritual e o
conseqüente julgamento por Cristo?
Estas
cartas revelam várias maneiras.
(a)
Primeira e mais importante: todas as igrejas devem estar dispostas a
“ouvir o que o Espírito diz às igrejas” (2.7). A Palavra de
Jesus Cristo sempre deve ser o guia da igreja (1.1-3, 11), pois esta
Palavra, conforme revelada aos apóstolos do NT mediante o Espírito
Santo, é o padrão segundo o qual as igrejas devem verificar suas
crenças e atividades e renovar a sua vida espiritual (2.7, 11, 17,
29; 3.6,13, 22).
(b)
As igrejas devem continuamente examinar seu estado espiritual diante
de Deus e, se for o caso, corrigir seu erro de tolerância ao
mundanismo e imoralidade entre os crentes (2.4, 14, 15, 20;
3.1,2,14-18).
(c)
A frieza espiritual poderá ser extinguida em qualquer igreja ou
grupo de crentes, quando houver arrependimento sincero do pecado e um
retorno decidido ao primeiro amor, à verdade, pureza e poder da
revelação bíblica de Jesus Cristo (2.5-7,16,17; 3.1-3,15-22).
III - AS IGREJAS (ACESSE OS LINKS)
1. ÉFESO
2.ESMIRNA
3. PÉRGAMO
4. TIATIRA
5. SARDES
6. FILADÉLFIA
7. LAODICÉIA
IV - CONCLUSÃO
-
COMENTÁRIO DA BÍBLIA PENTECOSTAL ADAPTADO:
AO
QUE VENCER. O vencedor (gr. nikon) é aquele que, mediante a
graça de Deus recebida através da fé em Cristo, experimentou o
novo nascimento e permanece constante na vitória sobre o pecado, o
mundo e Satanás.
(1)
Cercado de muita oposição e apostasia, o vencedor se recusa a
conformar-se com o mundo e a impiedade dentro da igreja (v. 24). Ele
ouve e atende aquilo que o Espírito diz às igrejas (v. 7),
permanece fiel a Cristo até ao fim (v. 26) e aceita somente o padrão
de Deus para a vida cristã, revelado na sua santa Palavra (3.8).
(2)
Nas igrejas de Deus, o vencedor, e somente o vencedor, comerá da
árvore da vida (v. 7), não sofrerá o dano da segunda morte (v.
11), receberá o maná escondido e um novo nome no céu (v. 17), terá
autoridade sobre as nações (v. 26), seu nome não será removido do
livro da vida, será honrado por Cristo diante do Pai e dos anjos
(3.5), permanecerá com Deus no seu templo, terá sobre si o nome de
Deus, de Cristo e da Nova Jerusalém (3.12) e será para sempre filho
de Deus (21.7).
(3)
O segredo da sua vitória é a morte expiadora de Cristo, seu próprio
testemunho fiel acerca de Jesus e a perseverança no amor a Cristo
até à morte (12.11; cf. 1 Jo 5.4). Note que, ou vencemos o pecado,
o mundo, e Satanás, ou somos por eles vencidos, acabando por sermos
lançados no lago de fogo (v. 11; 3.5; 20.15; 21.8). Não há grupo
neutro.
Por Pr Lucido Vanderlei dos Santos
www.adjesusoverbo.com.br
Fontes:
Bíblia de Estudo Pentecostal
Dicionário Bíblico Wycliffe
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